siga-me

stalkers

depois de viajar...


...saia da internet e vá ler um livro!

terça-feira, 27 de abril de 2010

dia-logo NUNCA açeuqse.

— a minha vida é assim: eu vejo todo mundo como vultos pretos desinteressantes. eu estava vendo tudo assim, as pessoas não significavam nada mais do que sombras... e um dia eu vi uma luz... era você. você apareceu na minha vida como a única coisa da qual eu conseguia ver no meio de todos os vultos, iluminando tudo e me fazendo enxergar o mundo todo de um modo maravilhoso. era só você que eu conseguia ver, e agora eu posso ver tudo novamente.
— essa foi a coisa mais linda que alguém já me disse. obrigada.
— eu te amo.
— eu te amo.

autobio.

há um tempo atrás, eu remoía ódio em mim. raiva, tristeza, eu não tirava nada disso do meu corpo e mente. ficava cavando horas e horas cada vez mais o fundo do poço. me sentia angustiada e ao invés de fazer isso mudar, eu me angustiava ainda mais. por prazer, talvez. mas aquilo me deixava num estado de espírito vazio, eu me sentia organicamente morta, impotente, me afundando na minha própria mágoa. hoje... eu não sei, não sei o que aconteceu. as coisas tristes e ruins permanecem acontecendo sempre, mas eu não consigo ficar mal por mais de 2 ou 3 minutos. eu SEMPRE acabo vendo que as coisas vão passar mais cedo ou mais tarde, que só piora ficar pensando na tristeza. é um ciclo vicioso: quanto mais ódio você prende dentro de você, mais ódio você vai sentir...

acho que já sofri muita coisa ruim de verdade, as coisas tristes que acontecem como brigas de família, problemas em namoro ou escola... nada disso faz efeito mais.
preciso de algo muito pior do que um câncer pra me fazer sofrer.
botei minha armadura, agora sou feliz.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

borboletas no pulmão.

eu não entendo a tua tristeza, assim.
eu devo ter algum problema.
desde quando
a felicidade
é tão
vazia?

desde quando eu não te faço mais feliz?

n.o.n.s.e.n.s.e


mais uma chamada
os olhos se abrem e não vêem nada
respiração alta, ressonância alterada
agonia na atadura molhada
encrostada de suor e dor
cheiro de hospital
camas, lençóis, máscara cirúrgica
e o telefone toca
e o telefone toca
e a máscara
(é uma máscara)
se recusa a sair.
com as unhas no rosto
arrancando a pele
arrancando a gaze
rasgando a pele
rasgando a gaze
nada impede que o sangue vase
remédio vermelho, gota de mercúrio
pílula de serotonina.

salva.

e no fim
o freak
é você.

sábado, 10 de abril de 2010

nada.


— o que está acontecendo com nós dois? eu te amo, mas eu não quero mais te amar. eu sei que você não quer mais também, isto está sendo ruim pra mim e ruim pra você. mas ao mesmo tempo, eu não me imagino mais sem você, aprendi muito contigo, preciso da tua presença na minha vida.
— eu nunca, nunca iria querer deixar de amar você...

...vamos dormir.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

i'm happy anyway.

cena 1.
uma menina de 12 anos entra, usando uma camisola em tons pastéis. ela dá 5 passos em direção à platéia e senta. fica olhando pra cada um, olhar por olhar, observando cada sentimento despertado pela sua presença: carinho, ternura. algumas mulheres de meia-idade olharão com certo amor maternal. fecham as cortinas.

cena 2.
a menina continua no mesmo lugar, sem expressão. entra um homem sujo, grande, usando roupas imundas e fedendo a suor. ele pega a menina pelo cabelo com violência, joga ela como se fosse lixo no chão e começa a estuprá-la. a menina permanece imóvel e consciente. o homem se levanta, fecha as calças, cospe na menina e sai. ela continua no chão, com a camisola suja de sangue e sêmen. fecham as cortinas.

cena 3.
a menina se levanta, trêmula. mesmo sem expressão, seca uma lágrima que cai. ajeita a camisola manchada e olha novamente para a platéia, pessoa por pessoa. fecham as cortinas.

cena 4.
a menina continua no mesmo lugar. entra novamente o homem, atrás dela, tira uma arma do bolso da calça imunda e atira três vezes na cabeça. a menina, morta no chão, tem alguns espasmos involuntários. depois, o homem respira e atira na cabeça de outras duas ou três pessoas na platéia. fecham as cortinas.


moral da história:
você nasce puro e inocente, cresce olhando seus semelhantes te amarem para um dia você se corromper, se sujar, ter seus sonhos arruinados e alguém vir e te balear na cabeça. depois, as pessoas que te amam morrem também. end of the story.

outra lista

1. arco-íris
2. sol e frio
3. cheesecake
4. sereias
5. piratas
7. acessórios girlie
8. HQs
9. pin-ups
10. violência gratuita
11. drogas
12. becos úmidos
13. gritos
15. sangue seco
16. doença
17. seringa jogada no chão
18. carne podre
19. solidão existencial.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

plaisir.



olhos fechados, mesmo no escuro
mãos em torno
beijo

parte de você
sabe

a salvação, em última hora
reconciliação
bandeira da paz
avec
plaisir


só pra lembrar.

procurei lembrar o que mais amei no meu dia.

1. a luz do sol depois que o parou de chover;
2. sorriso;
3. gosto de morango;
4. a paz;
5. a história das irmãs;
6. rosto;
7. as pazes;


é tudo
você.

sábado, 3 de abril de 2010

High

não te quero
nicotina, fumaça de fábrica
preta, cinza, suja
cancerígena
suicida.

agora no meu peito
no meu cérebro
fumaça limpa
passagem pro verde
viagem interna
exteriorizada pelo riso
criativo, ativo, socializado
eu te quero
mais.