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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

a balada.

para J.


esta noite, algo se rompeu. enzimas e outras substâncias químicas digeriram algo essa noite, meu amor. nós nunca havíamos visto o mundo desta maneira, meu amor. sinto como se pudesse enxergar perfeitamente agora a placenta que nos unia, e esta noite nós nascemos, meu amor. unidos fisica e biologicamente através de nossos sentidos (os quais tu tanto fala), e também através de nossa razão. nascemos hoje, e a noite foi clara, e o dia que amanheceu foi azul-celeste.
sempre soube que éramos mais do que corpos físicos habitando um espaço, e que éramos mais do que carne, e mais do que sangue. só nós vivemos o que vivemos ontem, e só nós podemos sentir exatamente o que estamos sentindo agora. o universo somos nós, agora. nós somos um só cosmo.
esta noite, nós também retornaremos a uma nova placenta, um novo líquido amniótico, novas visões, novas experiências. mas a partir deste ponto, na mesma barriga. somos seres totalmente diferentes e organicamente individuais e fantasticamente únicos, como todos os seres vivos. mas juntos. vivendo juntos. seguindo juntos nossa trajetória neste sistema solar.
vamos nascer quantas vezes, meu amor? quantas outras vezes vamos redescobrir o que sentimos quando nos olhamos, meu amor?
esta noite foi só nossa, dentro do nosso próprio mundo, dentro da nossa própria existência compartilhada.
nós somos a definição do amor verdadeiro.
nós somos absolutamente todo o amor do mundo.

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