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domingo, 2 de maio de 2010

liberdade.

"O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se acorrentado"
Jean-Jacques Rousseau


engraçada essa história de liberdade. nós nos gabamos tanto, todos os dias, por estarmos livres fisicamente, livres espiritualmente, livres em todos os sentidos que nunca fomos. "conquistamos a liberdade de expressão", dizem. "somos responsáveis pela liberdade de escolha", dizem. eu digo... nós não somos responsáveis. nós não estamos livres. ainda.
percebem? somos escravos desde a raiz. somos escravos do nosso inconsciente, dos nossos órgãos internos, das nossas vontades mais ínfimas... falando de modo mais abrangente, mais "macro", somos escravos de nós mesmos. somos escravos da televisão, dos padrões, de todas as invenções superficialmente materializadas para satisfazer alguma coisa que não encaixava no nosso espírito. matamos moralmente quem se diz medíocre, e a falsa modéstia é encarada de forma negativa. somos tão desconexos, tão paradoxais, que estamos morrendo através do que nós próprios criamos para viver mais!
é melhor dormir e esperar que a neutralização de toda a desgraça que foi feita resulte em alguma coisa. se fôssemos tão livres, não estaríamos agora tendo que tornar todos os nossos produtos poluentes e nojentos em papel e plástico reutilizável. não estaríamos morrendo de câncer por causa do fluido de bateria e óleo nos lençóis freáticos. somos os únicos animais que pegam o livre-arbítrio e enfiam ele numa gaiola de vivissecção.

isso não é novidade, mas a descrença na humanidade se tornou demodé.
vamos depositar nossos salários pra salvar instituições de salvação religiosa e esquecer o genocídio no oriente médio. claro. é assim que deve ser. geração saúde, geração livre...
geração piada.

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